segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fobia-de- amor

Sofri durante algum tempo, que eu nem me lembro mais. Ás vezes eu chego a achar que fora apenas um sonho, mas não, não foi. De fato aconteceu, e eu sei porquê quando ouço alguma música sinto certa nostalgia. Mas não gosto de me lembrar detalhadamente: isto me faz sofrer e chorar.
Fiquei muito tempo assim, constante, sem amar ninguém, sem tocar ninguém, sem sentir, sem ser tocada. Queria distância do que chamavam de "amor correspondido". Pra mim isso era mera fantasia, no qual um dia chegamos a um ponto em que pensamos: "ei, eu me enganei tanto assim? a ponto de achar que era recípocro? quanta tolice!" E eu não queria pensar isso novamente. Então segui assim por longos meses a fio.
Um dia eu estava muito destraida e alguém me chamou atenção: me fez juras de amor, me tocou como eu queria, me elogiou e disse que eu era única. Mas dessa vez era diferente. Ou pelo menos eu achava, ou queria que fosse. Derrepente eu me vi apaixonada, sendo amada. Sim, eu estava sendo correspondida. Porém eu rejeitei tal situação, talvez porque ainda me lembrasse do outro que me feriu tanto uma vez. E foi suficiente para que eu me machucasse a ponto de não me cicatrizar nunca mais.
Quando esse outro percebeu que estava me perdendo totalmente, ele veio atrás. Acho que ele queria brincar mais um pouquinho antes de jogar totalmente fora no lixo. Então eu simplismente disse que eu não o queria mais. Ele havia feito mais do que somente me dado um pé-na-bunda: ele me causou um certo tipo de doença chamada fobia de amor, ou anti-sofrimento, como preferir.

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